segunda-feira, agosto 27, 2012

Você em meus sonhos






Você em meus sonhos

Não me olhou
Não me deu a honra do seu perdão
Não me apontou o caminho
Da salvação

Não morou em meu peito
Esqueceu a vontade
Recusou minha ternura
Negou a realidade

Não viu que me feriu
Não percebeu que me cortou
Me afastou

Infeliz o momento que fechou os olhos
Flutuou, levou embora
Cortou minhas asas
Me fez despencar

Não me sentiu
Não me beijou
Não me mostrou a verdade
Não me aceitou

 Ofegante. Sussurrou..
Em meu ouvido,
bem baixinho:
"Não te quero mais."







E quando se enche de lágrima
não é mais um momento de tristeza
Juro que apesar de nunca ter jurado
Vejo um canto vindo de uma grande realeza
Secados por uma rosa em um dia chamuscado
neste fim de inverno à suavidade de tua beleza

É um conto que só por si, se faz um só.

sexta-feira, agosto 24, 2012

O preço de um tempo



Coração afim de enfraquecer.
Ter o poder em minhas mãos
do passado dito á esquecer,
O medo enterrado neste chão
Faz do destino desaparecer

Medo de perder o que foi já perdido
Torna-se sinônimo do amor
De um ser que se diz escondido
Escondo minhas dores e não peço perdão
E se quisesse meu canto traído
Deste que sou o traidor, nego-me a paixão.

E quanto mais caminho, vejo que o errado
Não é tão errado assim!

segunda-feira, agosto 13, 2012

O que esperas...

Me chama

O que era quente
deveria ser sólido 
a 0° célsius
[...]
O que deveria existir,
foi este calor;
nem mesmo em matéria
conseguiu sobreviver.
[...]
Ao sair de lá,
ainda mesmo ao olhar
pra trás:
preferir dizer
que não era mais isso!
Mesmo sendo o que
você também quer!

quinta-feira, maio 17, 2012

Primeira e última crônica


Estado de Limbo

                                                Um garoto cansara de tudo e de todos.

         O mundo, para ele era tão pequeno para o que pensava ou dizia, ele
poderia ser muito mais e era muito menos, não era enchergado, era assim:
       Se dissestes algo, todos haveriam de lhe dar atenção, só que não davam.
       Se ficasse só: Pensava e sonhava acordado na calçada na frente de tua
casa, era orgulhoso e triste, opaco e feliz, apagado e rabiscado, às vezes
decidido e outras vezes tanto faz como tanto fez.
       Era cruel consigo mesmo e aquela vida o transformava em um sonhador,
uma maneira que descobriu em se disfarçar com aqueles problemas.
As pessoas os achavam ingênuo, se fazia apenas disso, mas sabia de toda a verdade.
       Um dia cansado de tudo isso, decidiu colocar as roupas que mais gostava:
Uma bata e uma calça jeans branca, dobrou a barra de tua calça até a altura das
canelas, queria que estas roupas o simbolizassem em um sinal de paz e de pureza;
deitou-se em teu quarto e exilou-se em um sono profundo.
        Passado-se muito tempo, ao acordar, sentiu-se muito feliz, só que havia
algo de estranho, não ouviam-se os zumbidos dos beija-flores que vinham até
o jardim que tinha ao lado da janela de seu quarto, não ouvia-se mais o canto
do sabiá que sempre aparecia ali naquela janela, e nem mesmo ouvia-se o barulho
das pessoas.
        Ao abrir a porta para sair de casa se exitou com lágrimas, onde aquele rosto
nunca havia sido molhado.
        Era tarde, não teve tempo para amadurecer teu grande e valioso peito, conhecias
muito bem o amor, mas não sabias amar.
        Sentou-se em meio de um nada e agourou teu medo.
        De tanto que esperastes pela paz que acabara vindo em uma outra maneira bem
diferente do que havia planejado.
        Ele se encontrava em um mundo cheio de paz, porque não havia vida, era sem cor,
sem o laranja das manhãs do nascer-do-sol, não havia brisa, horizonte, nem mesmo
árvores, pessoas e carros.
        Havia um nada, um mundo cinzento, meio branco, com um tipo de nevoeiro, não tinha subida e nem
decida, não era encontrado nenhum tipo de obstáculo, um planeta sem terra.
Aquele teu mundo solitário nem se quer mais existira.
        Ficou sentado em um plano branco, que deveria ser a calçada que sempre
sentara ao sonhar acordado.
        Parou de respirar um instante, levantou-se novamente por causa de uma dor
de uma ferida em teu peito. Sem pensar gritou palavras que não era possível
entender e não fazia importância.
Concentrou-se toda tua energia em tua mão direita,
e arrancaste de teu peito, o teu coração, um coração que um dia de uma vida
amou alguém, continuaste em pé e olhou para o coração jogado se agonizando até
que saístes todas as lembranças, até que não visse mais batimento nenhum.
        Sem muita energia começou a correr sem direção, fugindo de um
arrependimento sem respostas, sendo covarde de todas as ameaças que já sofreu,
mas enfim, arrancando de seu peito todo o sofrimento, encontrou uma resposta,
achou de tudo o que foi escrito a palavra que tanto buscou, a tal cura.
         Em mais uma vez sentou-se ao nada, não por opção, porque já não havia mais
energia, e em uma forma de arrependimento, deitou-se novamente, e antes que morrece,
decidiu dormir e nunca mais acordar.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Vértice de um desespero

Tempestade

Não há tempo de viver e nem tempo de amar
A tua agonia vêm me levando a um declínio,
Este, que vai me trazendo de volta ao meu delírio.
Sempre o que tivemos foi tempo a economizar.

Comparar talvez seja a vértice de teu amor.
O teu medo escondido não fez você se entregar
Quando devias ter entregues não teve coragem de amar
O que eu não consigo é não esquecer do teu calor.

Acreditar quando alguém diz amor a um amado.
Acreditar nas pequenas palavras a ser levado
A um grande mundo que nunca havia encontrado.

A maneira como foi escrita cada palavra e acreditar!
Queria ter certeza que o meu mundo viria a se dilatar,
Esquecer o meu tempo de viver e o meu tempo de amar.